sábado, 24 de julho de 2010

Love is our resistance.


Olhas para o presente recheado de agoras e indicativos , e vês-te cercado pelas ironias da tua Vida. O passado custa a queimar, e o futuro é um trabalho árduo para construir.
E no final do dia , deitado na tua cama coberto de cobertores para te esconderem da realidade , chegas à conclusão que a (tua) vida é um suspiro.

Dificil encontrar título/imagem.


Nadando contra um oceano que se parece com mil diamantes , correndo contra o vento de Norte que parecem brisas cortantes .

So nice to know you.


Por muito que as tuas canções apareçam depois da minha partida, a tua musica estará sempre na cidade onde não mais regressei e aonde repetidamente penso em voltar. É a atmosfera de cada compasso, da voz, do acorde que vem a seguir a outro acorde, o Outono e as folhas que caem, os rios que correm, a noite que arrefece as ruas e aquece o interior dos cafés. A tua musica é o meu regresso, a tua voz é uma cidade que é minha.

Serás mesmo ?


Depois da electricidade da melodia improvisada, depois da correria frenética pelos tons desordenados, pelo sol maior de sétima, seguido do dó sustenido menor, dedicamo-nos ao silêncio atlântico da longínqua travessia de um barco banhado pela luz da lua. Ali ficamos, imóveis, com todas as canções do mundo a navegarem na nossa cabeça. Pensamos na distância que nos atira para longe das cidades que mal conhecemos, na combustão do tempo em que as palavras podiam deixar de ter sentido.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sociedade ?


Pensam em mudança , aspiram por coisas novas , mas nada vem, excepto a força do querer. A força só não chega , pois está mais que cheia de impulso . Esses impulsos que maioritariamente constituídos por a vontade de começar ou querer , acabam sempre por não conseguir , chamam-se raciocínios bipolar da geração humana .
Quem os tem ? Meu Deus , cada cérebro humano está recheado de pirataria mental , juntamente corroída com a fraca eloquência que possuem , nada é mais que um corpo, um organismo que permite fazer e dar conta de actos feitos , refeitos , mas sem significado .
As pessoas costumam pensar no passado trespassado das suas vidas , têm o hábito de chorar por pessoas que já lá foram , tem como tradição querer o que nunca conseguirão , respiram ganância , e ocupam as suas cabeças fúteis com capas medíocres de revista . Pessoas ou lá o que são, vivam as suas vidas , saiam dos seus buracos , e respirem pela primeira vez o ar da vida , pois esse é dado a alguns , não a comuns .
Façam parte de uma estrutura imparcial que vai ser inaugurada pela primeira vez , a sociedade.

Fotografia.


Os olhos quebram-se no fim da imagem, do rectângulo de espaço que o tempo encarcerou. Existe uma vida gelada em cada fotografia. Um fóssil. Uma história e uma memória. Cada imagem é uma pausa que nos remete para um antes e um depois. Não interessa se reais ou imaginados. À captura silenciosa segue-se o barulho do rebentar da onda, segue-se a passagem veloz do comboio. Antecede-se o crispar do vento nas costas da água, antecede-se o apito ensurdecedor da aproximação. À captura silenciosa sucede a consumação do afecto e precede a palavra dita em surdina ou o olhar fixado num corpo. A fotografia é a liberdade da construção de um tempo que é nosso, e, paradoxalmente, o aprisionamento de um fragmento de tempo que passou. A fotografia é um regresso a um passado onde se não volta mais.